O maior, o melhor, o que solta mais poder Império, lampião, poderosos do sertão Líderes, fórceps, bíceps e socos Concreto no lugar do coração Ávidos, impávidos, com súditos e gueixas A ponta do iceberg esconde o povo que afogou Tá cheio de Al Capones, já dizia Raul seixas Que sorte a nossa, Deus atrapalhou Vai Babel, vai Babel Tijolo por tijolo, és o tesouro de todos Ah! Babel, ah! Babel Ainda te constroem com o ouro dos tolos Sórdidos, mórbidos, plásticos, fétidos Céticos, mágicos que agradam faraós Donos do comércio, cambistas de sucesso Ricos na miséria que dá dó Sádicos, médicos, videntes competentes O fato é que no fim ninguém se entende nessa festa A língua dos glutões não é mais a de Camões Tem três números seis pra cada testa Vai Babel, vai Babel No sacrifício de todos Com o ouro dos tolos No sufoco de todos