A Cidade morreu
A fumaça cobre o rio marginal
A escuridão se apossou do vendaval
Que soprava no meu quintal
A rua chorou por não ter mais sentido
A calçada gritou clamando por mais um amigo
Somente para passear
E de mãos dadas dançar
A ponte sofreu
Por de cima enxergar só o breu
A janela tossiu passando mal
Pelo clima que tinha que aspirar
E o homem só viu a banda passar
E tudo aconteceu naquela Cidade
E o homem só viu a banda tocar
E tudo aconteceu naquela Cidade
Chamada filho, filho de Deus
Chamada filho, filho de Deus
Andar, correr e saltar
Sob a luz da Cidade ressuscitada uma vez e sempre
E para sempre eu vou pular da ponte do o amor
Que só a Cidade vai me dar
Ela morreu na verdade foi para me salvar
A goteira secou pela ultima vez
A gravidade subiu
Murchou o fruto
Que estava logo a brotar
A neblina se fez
O trem esvaziou
A Cidade sabia de tudo que ia acontecer
E pediu a Capital
Que a livrasse daquilo
A Cidade a morrer
Não faça minha vontade
Decrete o teu querer
Que perdoasse o homem
Por apenas ver
Que o absolvesse de tudo
O sangue a escorrer
No estado da graça
Andar, correr e saltar
Sob a luz da Cidade ressuscitada uma vez e sempre
E para sempre eu vou pular da ponte do o amor
Que só a Cidade vai me dar
Ela morreu na verdade foi para me salvar
Composta por: Alessandro Vilas Boas / Itagon