Você palpitou e não quis ver
O que passou te fez entender
Que você na verdade não era quem queria ser
Você não é ninguém

O teatro encheu, o ego inflou
Cortina abriu e você sobrou
E o que te restou foram holofotes de gloria
Um drink a solidão

Agora tu vês onde estás
Deves morrer, não se orgulhar
Você veio da terra, pra terra voltará
Daqui nada vais levar

Vale a pena ver
Que a vida é como o choro de alguém
Amado por você
Vale a pena ser criança
E enxergar o que não se pode ver

Livre estás, pode sonhar
Vento bateu e você sentiu
E se lembrou do tempo em que não podia ver
E agora eu te digo
O mundo tem mais sentido

Vale a pena ver
Que a vida é como o choro de alguém
Amado por você
Vale a pena ser criança
E enxergar o que não se pode ver

Retina abriu para o amor
Furou a dor, se alforriou

Vale a pena ver
Que a vida é como o choro de alguém
Amado por você
Vale a pena ser criança
E enxergar o que não se pode ver
Composta por: Alessandro Vilas Boas / Itagon

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