Minha cidade, atacada foi
Os muros não puderam resistir
Queimaram os portões
Agora, preciso partir

Parece que distante eu estou
Mas se me der escape eu irei
E os inimigos da reconstrução
Por terra irão cair

Não posso demorar
Quanto mais o tempo passa
As pessoas se acomodam
E tudo fica como está
Não posso descansar
Se os entulhos que cobriram
A esperança do seu povo, eu posso retirar

Pra que serve o sal, se ele não tem o sabor?
Senhor, vem me usar
Pra que serve a luz, que não se acende?
Quero ser farol a brilhar

Reerguer os muros
Reconstruir novos portões
Minha alma chora, tem que ser agora
Composta por: Anderson Freire